segunda-feira, 19 de março de 2012

Dilma precisa direcionar melhor sua agenda no Congresso, diz PCdoB

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, atribuiu a crise entre o governo da presidente Dilma Rousseff e sua base aliada no Congresso Nacional à falta de uma agenda governamental clara de projetos a serem discutidos no parlamento. Em entrevista exclusiva, o dirigente disse acreditar que, com os altos índices de aprovação da presidente e a ampla base de apoio, Dilma teria condições de impor um plano de reformas ao Congresso e assim mitigar a briga por espaço entre os aliados. "O mais importante é a presidente dizer qual é a agenda do governo para o Congresso. Se ela tem tanta força, por quê não faz isso?", questionou. E advertiu: "Sem projetos e planos definidos, se estabelece a política do toma lá, dá cá." 
Na visão do dirigente, Dilma se coloca como uma personalidade forte que busca imprimir sua marca na condução política do País. No entanto, ele avalia que falta ao governo uma interlocução política eficiente junto ao parlamento. "Todo mundo fala disso (dos ruídos de interlocução) e têm razão. Saiu (Antonio) Palocci, aí não teve um interlocutor que tivesse uma autoridade para representá-la. Então ela própria tem de fazer isso (a interlocução)", destacou, sem, no entanto, opinar sobre o desempenho da atual ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, alvo de críticas de alguns dirigentes da base aliada.
O líder do PCdoB sugeriu ainda que o governo inclua em sua agenda temas importantes para o desenvolvimento do País, como a reforma tributária, e questões emergenciais, como o estabelecimento de um plano para conter a desindustrialização. "Nós achamos que temos de avançar. Tem de ter uma agenda. Já que ela tem uma força política grande e tem o Lula por trás, por que não estabelecer uma agenda clara? Nós temos muitos desafios", salientou.
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